Setembro é o mês escolhido para a conscientização do câncer ginecológico. O objetivo é alertar a população feminina para a importância do diagnóstico precoce, informar quais são os fatores de risco e sintomas, além de incentivar os cuidados constantes com a saúde.
Antes de mais nada, existem cinco tipos de câncer ginecológico: câncer do colo do útero, câncer de ovário, câncer do endométrio, câncer vaginal e câncer de vulva.
Câncer de colo de útero
O principal fator de risco para o desenvolvimento de lesões precursoras do câncer do colo do útero e da doença em si é a infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), especialmente os HPVs 16 e 18.
Prevenção e rastreamento: A vacina é a principal forma de prevenção e também pode ajudar prevenir diversos outros tipos de câncer atribuídos à infecção por HPV como tumores de vulva e vagina.
Câncer de ovário
Ao contrário do câncer do colo do útero, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado.
Entre os fatores de risco que devem ser considerados estão idade superior a 40 anos, histórico familiar, não ter tido filhos ou ter sido mãe após os 30 anos, além do uso contínuo de anticoncepcionais e reposição hormonal.
Câncer de endométrio
O principal fator de risco para o câncer de endométrio é a exposição a longo prazo ao estrogênio, produzido pelo próprio organismo ou recebido em forma de terapia hormonal. Outros fatores de risco incluem menstruação precoce, menopausa tardia, nunca ter engravidado, idade avançada, terapia hormonal para câncer de mama e histórico familiar de câncer na região do útero. Mulheres obesas também são mais propensas a desenvolver carcinoma endometrial, possivelmente por apresentarem níveis elevados de estrogênio endógeno.
Cânceres de vagina e vulva
Ainda não se sabem todas as causas do câncer de vagina, mas novamente a infecção por HPV aparece como um importante fator de risco. Outros fatores incluem história de lesões pré-cancerígenas, como neoplasia intra-epitelial vaginal; antecedente de câncer de colo do útero; mulheres cujas mães fizeram uso do dietilestilbestrol para prevenção de aborto durante a gestação; múltiplos parceiros sexuais; início da atividade sexual em idade muito precoce; mulheres imunossuprimidas; tabagistas e mulheres acima de 60 anos.
Os sintomas da doença são inespecíficos, sendo geralmente assintomática em seus estágios iniciais. Entre os possíveis sintomas estão sangramento após relação sexual; sangramento não relacionado à menstruação; dor pélvica ou na vagina; dor ao urinar; e constipação.
Já o câncer de vulva é uma neoplasia bastante incomum. Ocorre predominantemente em mulheres de 65 a 70 anos, e geralmente se apresenta como uma úlcera ou placa. Habitualmente, se desenvolve de uma forma lenta durante vários anos.
Os fatores de risco ainda são desconhecidos, mas novamente o HPV se apresenta como um fator de risco. Outros fatores de risco identificados incluem mulheres imunossuprimidas; com história prévia de lesões vulvares pré-cancerígenas ou lesões de pele envolvendo a vulva; pacientes que tiveram câncer cervical; tabagismo e idade avançada.
Infelizmente, nos estágios iniciais os sintomas não são muito marcantes, mas vale prestar atenção a coceira ou sensação de queimação na vulva; sangramento não relacionado a menstruação; alterações na cor da pele dos grandes lábios; alterações na superfície da pele da vulva e nódulos. Outros sintomas que podem ocorrer são dor pélvica, dor ao urinar ou desconforto durante a relação sexual.
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