Os sinais e sintomas do câncer de fígado muitas vezes só aparecem em estágios mais avançados da doença. Se você consultar o médico ao surgirem os primeiros sintomas, o câncer pode ser diagnosticado precocemente e o tratamento pode ser iniciado.
Os sinais e sintomas do câncer de fígado podem incluir:
Perda de peso;
Falta de apetite;
Sensação de plenitude após uma refeição leve;
Náuseas ou vômitos;
Fígado aumentado;
Baço aumentado;
Dor abdominal;
Inchaço ou acúmulo de líquido no abdome;
Coceira;
Icterícia (pele e mucosas amareladas);
Febre;
Veias da barriga dilatadas e visíveis através da pele;
Agravamento da hepatite crônica ou cirrose.
Alguns tumores hepáticos produzem hormônios que atuam em outros órgãos além do fígado e podem causar:
Hipercalcemia (Aumento do cálcio no sangue);
Hipoglicemia (Diminuição do açúcar no sangue);
Ginecomastia (Aumento da mama em homens) e/ou redução dos testículos;
Eritrocitose (Aumento dos glóbulos vermelhos do sangue);
Altos níveis de colesterol.
Estes sintomas também estão relacionados a outras doenças, não são necessariamente sinais e sintomas exclusivos do câncer de fígado. Entretanto, existindo qualquer um desses sintomas, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico preciso e o início do tratamento caso necessário.
Cirurgia
Hepatectomia parcial
A hepatectomia parcial é a cirurgia para a remoção de parte do fígado. Essa cirurgia só é realizada se o paciente estiver num bom estado de saúde geral e todo o tumor possa ser removido, de modo que reste uma parte saudável do fígado. Infelizmente, a maioria dos cânceres de fígado não pode ser completamente removida. Muitas vezes, o câncer já se disseminou, o tumor é muito grande ou está em outras áreas do fígado.
No caso de pacientes com cirrose, a remoção até mesmo de uma pequena quantidade de tecido hepático nas bordas do tumor pode impedir que o fígado remanescente realize suas funções essenciais. Desse modo, os pacientes com cirrose só são elegíveis para a cirurgia se o tumor for pequeno e puder ser mantida uma quantidade razoável da função hepática. Essa função é avaliada pela pontuação de Child-Pugh, que é uma medida da cirrose baseada em determinados sintomas e exames de laboratório.
Os possíveis riscos e efeitos colaterais da hepatectomia parcial incluem hemorragia, infecções, complicações da anestesia, coágulos sanguíneos e pneumonia. Outra preocupação é que o fígado remanescente ainda tenha a doença que levou ao câncer, podendo desenvolver um novo tumor.
Transplante de fígado
Atualmente os transplantes de fígado são indicados para tumores pequenos, sem invasão para os vasos sanguíneos. Na maioria dos casos, o transplante é realizado quando o tumor não pode ser totalmente removido, quer devido à localização ou porque o fígado se encontra muito comprometido.
A maioria dos fígados para transplantes vêm da doação de órgãos, sendo que boa parte desses órgãos é usada para pacientes com outras doenças.
Os possíveis riscos e efeitos colaterais do transplante são hemorragia, infecção, coágulos de sangue e complicações da anestesia. Mas existem também outros riscos adicionais após o transplante.
Pacientes que recebem um transplante de fígado devem usar medicamentos para suprimir o sistema imunológico e evitar que seu organismo rejeite o novo órgão. Esses medicamentos têm seus próprios riscos e efeitos colaterais, especialmente o de provocar infecções graves. A supressão do sistema imunológico pode fazer com que qualquer tumor remanescente se desenvolva rapidamente. Alguns dos medicamentos usados para prevenir a rejeição também podem provocar pressão alta, aumento do colesterol, diabetes e enfraquecimento dos ossos e problemas renais.
Após o transplante devem ser realizados regulamente exames de sangue para verificar se existe qualquer chance de rejeição do novo fígado. Às vezes biópsias hepáticas são realizadas para avaliar se uma rejeição está ocorrendo e se são necessárias modificações nos medicamentos que estão sendo utilizados ou na dose administrada.