O câncer é uma doença de causa desconhecida, porém, há fatores que podem colaborar para o seu desenvolvimento. No caso dos idosos, os tumores são majoritariamente originados por maus hábitos e estilos de vida inadequados ao longo dos anos.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), quem tem mais de 65 anos é 11 vezes mais propenso a desenvolver uma doença cancerígena do que pessoas com idade inferior. O avanço da idade e após ter vivido por décadas no sedentarismo, alimentação não saudável (principalmente rica em carne vermelha) e práticas como fumo e bebidas alcoólicas, aumentam as chances do surgimento do câncer.
O tumor de pele não melanoma é um dos mais frequentes e tem como principal causa os vários anos de exposição ao sol. Também nesta faixa etária, ainda são comuns os cânceres de próstata, mama, intestino, pulmão, estômago e leucemia.
Os principais sintomas que podem direcionar a suspeita de câncer na terceira idade são: o emagrecimento inexplicado, falta de apetite, alteração do hábito intestinal (diarreia ou constipação), perda de sangue pelas fezes, cansaço excessivo, palidez ou pele amarelada. Estes sinais devem ser avaliados com exames pelo médico a fim de descartar esta possibilidade.
Importância do check-up
Quando há um câncer em evolução no organismo, quanto mais rápido for diagnosticado, maior será a probabilidade de um tratamento eficaz. Por isso, recomendo visitas médicas regulares para o monitoramento contínuo de doenças crônicas como a hipertensão, diabetes, osteoporose, entre outras.
Tratamento multidisciplinar
É preciso estabelecer estratégias precisas para o tratamento do câncer no idoso com o objetivo de priorizar pela qualidade de vida a partir do trabalho em conjunto da equipe multidisciplinar, são eles: geriatra, oncologista, cirurgião, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, odontólogo, assistente social e farmacêutico clínico.
No caso de idosos, pode fazer muita diferença para um resultado mais eficaz, com recuperação rápida e reduzindo complicações clínicas. A ausência de qualquer um destes profissionais pode gerar lacunas e ter um impacto negativo, por exemplo: a do fisioterapeuta tende a aumentar muito o risco de complicações pulmonares ou tromboses na radioterapia e quimioterapia, já a falta do fonoaudiólogo pode aumentar o risco de broncoaspiração, situação extremamente grave em qualquer caso.
Além disso, o acolhimento é fundamental, uma vez que em casos avançados, os cuidados paliativos podem ser a única alternativa.
Fonte: https://bit.ly/2tk5a2A