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Cirurgia robótica reduz sequelas do tratamento para o câncer de próstata

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Enfrentar o câncer é um dos maiores desafios para qualquer pessoa. No caso do câncer de próstata, além do risco de vida, muitos homens temem os efeitos adversos da cirurgia de retirada do tumor. O problema é que a próstata fica muito próxima da bexiga e a Prostatectomia Radical (retirada total da glândula), aberta ou por videolaparoscopia, pode afetar a musculatura que ajuda no controle da continência urinária. Por isso, um número significativo de pacientes sofre com o problema após a cirurgia. Além disso, os nervos responsáveis pela ereção, que se localizam ao lado da próstata, devem ser preservados, evitando algum grau de impotência sexual.

Na cirurgia robótica, o cirurgião comanda um robô que tem uma câmera de alta-resolução e instrumentos menores, garantindo mais precisão na Prostatectomia Radical. Com este tipo de procedimento, um paciente que tem uma boa condição sexual antes do câncer consegue preservar 80% da qualidade de ereção. Já os casos de incontinência são raros – menos de 1% dessa sequela. Alguns homens podem precisar de tratamentos complementares como radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, dependendo da gravidade da doença e metástases.

A cirurgia robótica tem trazido significativos avanços para o tratamento de muitas doenças urológicas: precisão nas dissecções de órgãos e tumores e menos dor e necessidade de usar medicamentos analgésicos, além da redução de riscos de sangramentos e diminuição no tempo de internação hospitalar.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estima-se que um em cada seis homens terá a doença ao longo da vida. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, foram mais de 65 mil casos em 2020 e 15.841 mortes. A próstata é uma glândula que produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual.

O câncer na fase inicial não apresenta sintomas. Ao se agravar, pode provocar dor óssea, sintomas urinários e insuficiência renal. Ele é mais comum a partir dos 65 anos. A consulta anual com o urologista para quem tem casos na família deve iniciar aos 45 anos, e para demais pacientes com 50 anos. A prevenção é feita com antígeno prostático específico (PSA) e o exame de toque retal.

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