O câncer de bexiga é o segundo tumor do trato urinário mais comum entre os homens, perdendo apenas para o tumor na próstata. O tratamento, geralmente, envolve a retirada parcial ou total da bexiga, procedimento chamado de cistectomia, dependendo do estágio em que se encontra a doença.
A retirada da bexiga constitui o objetivo principal do procedimento que visa o tratamento do tumor. Nas mulheres, na maioria das vezes, inclui a retirada de órgãos próximos como o útero e ovários; e nos homens, a próstata e vesículas seminais.
Até a década de 1990 o tratamento para o câncer de bexiga, geralmente, envolvia a retirada parcial ou total da bexiga, procedimento chamado de cistectomia, dependendo do estágio em que se encontrava.
Nos anos 1990 foi introduzida a técnica laparoscópica, como forma de diminuir os riscos da operação, tempo no hospital e de recuperação.
No entanto, foi nos anos 2000 que a cirurgia robótica foi introduzida e transformou o tratamento do câncer de bexiga, pois sendo minimamente invasiva e com sua alta precisão, ela diminui as possibilidades de complicações cirúrgicas e proporciona um pós-operatório mais rápido e tranquilo para o paciente.
A princípio, a reconstrução da bexiga era feita fora do corpo do paciente, mas com o avanço da tecnologia, hoje, já é possível realizar o procedimento com a plataforma robótica.
Através da cirurgia robótica é realizada a ligadura e secção dos ureteres e uretra. A bexiga então é retirada em bloco com os outros órgãos.
O sistema Da Vinci, que é o instrumento através do qual a cirurgia robótica é realizada, disponibiliza uma alternativa menos invasiva para realizar este tipo complexo de cirurgia. Os principais benefícios dessa técnica estão relacionados ao pós-operatório mais confortável, rápido e com menos dor.
Com o paciente sob anestesia geral, a cirurgia é realizada através de pequenos furos no abdômen, por onde são introduzidos as pinças robóticas e uma câmera que cria uma imagem em 3D. Por meio dessa técnica minimamente invasiva e devido a sua alta precisão, o procedimento tem uma taxa de sangramento menor, um tempo de internação hospitalar mais curto e uma recuperação mais precoce, o que é muito bom em tempos de Pandemia de Covid-19.