A principal cirurgia para o câncer de próstata é a chamada prostatectomia radical, onde é retirada toda a próstata e alguns tecidos adjacentes, incluindo as vesículas seminais.
A prostatectomia é um procedimento que pode ser realizado por diferentes abordagens e que deverá ser escolhido pelo cirurgião oncológico de acordo com o caso individual de cada paciente. Listaremos a seguir:
• Prostatectomia radical aberta: É o procedimento mais tradicional e mais frequente atualmente, onde o cirurgião oncológico realiza a remoção da próstata e dos tecidos do entorno.
• Prostatectomia radical por laparoscopia: Nesse procedimento são utilizadas várias incisões menores, por onde passam os instrumentos que irão remover a próstata de forma menos invasiva. Um dos instrumentos tem uma pequena câmera de vídeo que permite a visualização interna do abdômen.
• Prostatectomia robótica: Nessa técnica, a cirurgia é realizada a partir de uma mesa de operações, onde o cirurgião oncológico controla os braços do robô que realiza as incisões no abdômen do paciente. Esse procedimento oferece inúmeros benefícios e vem se tornando cada vez mais frequente no Brasil. Além de ser menos invasivo, proporciona menor perda de sangue, tempo mais rápido de recuperação e menor risco de infecções.
• Prostatectomia radical retropúbica: Aqui o cirurgião faz uma incisão na parte inferior do abdômen, do umbigo até o osso púbico. Após o procedimento, é mantida uma sonda de 1 a 2 semanas para drenar a bexiga do paciente. Após isso, o paciente volta a urinar normalmente.
• Prostatectomia radical perineal: Nesse procedimento, o cirurgião realiza a incisão através do ânus e do períneo do paciente. No entanto, essa técnica é usada com menos frequência, já que não há como poupar os nervos e os linfonodos não podem ser removidos.
• Ressecção transuretal: Essa técnica trata mais comumente hiperplasia prostática benigna, isto é, um aumento não cancerígeno da próstata. Apesar de não ser utilizada para a cura do câncer, pode ser feita em homens com a doença em estágio avançado de forma paliativa.
Lembramos que todo caso deverá ser individualizado pela equipe médica responsável, se adequando a melhor opção para cada paciente, levando sempre em consideração o estadiamento do tumor e o estado geral de saúde do paciente.
