O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas.
A campanha do novembro azul é extremamente importante, porque os homens normalmente procuram o atendimento médico de rotina oito vezes menos que as mulheres. O novembro azul conscientiza e faz com que um número cada vez maior de homens procure por atendimento médico e realize exames de rotina não só para a neoplasia de próstata, mas também para diagnosticar e tratar outras doenças comuns com o envelhecimento, como hipertensão arterial e dislipidemias.
Apesar de todo o esforço da campanha, ainda é muito comum o preconceito sobre o exame para detecção do câncer de próstata – o tão temido exame de toque. O toque retal é um procedimento rápido, que dura segundos, é praticamente indolor e não afeta em nada a masculinidade do homem. Ele deve ser realizado porque o antígeno prostático específico (PSA) não é eficaz sozinho na hora de detectar o câncer de próstata. Cerca de 20% dos casos diagnosticados ao toque retal podem acusar PSA normal ao diagnóstico.
O que é a próstata?
É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
Sintomas:
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são:
• dor óssea;
• dores ao urinar;
• vontade de urinar com frequência;
• presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Fatores de risco:
1) histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
2) etnia: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer;
3) obesidade.
Prevenção e tratamento:
A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.