O que é o sarcoma e como ele surge?
Trata-se de um câncer que atinge especialmente ossos e partes moles. Além disso, aproximadamente 75% dos casos ocorrem nas pernas ou nos braços.
Quais são os principais tipos?
Existem várias modalidades da doença. Dentre os de partes moles, os mais frequentes são os lipossarcomas (que se originam em células de gordura) e os sinoviossarcomas. E, no grupo dos sarcomas ósseos, chamam especialmente a atenção os condrossarcomas e os osteossarcomas. Esse último, aliás, é o câncer infantojuvenil mais comum no Brasil.
Além disso, alguns aparecem mais em determinadas faixas etárias. Os osteossarcomas, por exemplo, são mais frequentes em pacientes pediátricos. Os condrossarcomas, por outro lado, acometem mais os adultos.
De forma geral, não há uma diferença evidente na incidência de homens e mulheres.
Quais são os sintomas do sarcoma?
Os sinais da doença variam e dependem da parte do corpo em que ela aparece. Eles não costumam se manifestar nos estágios iniciais. Por isso, apenas a metade dos casos de partes moles, por exemplo, é diagnosticada precocemente.
Veja alguns possíveis sintomas:
Braços ou pernas: surge um nódulo que cresce por semanas ou meses. Às vezes causa dor e formigamento nos membros.
Outros sinais: dor abdominal, alterações intestinais (constipação ou diarreia) ou urinárias (mudanças na frequência do xixi), sangramentos na urina ou nas fezes, vômitos e náuseas.
Como é feito o diagnóstico?
O exame físico e a história clínica já levantam a suspeita. Em portadores do sarcoma de partes moles nas pernas ou nos braços, a análise é facilitada porque dá para ver nódulo.
Geralmente esses quadros são indolores, ao menos no início. Mas, frequentemente, apresentam crescimento progressivo e rápido.
O diagnóstico definitivo geralmente é obtido por meio de biópsia por agulha grossa, guiada por ultrassonografia ou tomografia. A análise do material vai definir também o tipo de sarcoma e o seu grau de malignidade, algo importante para a escolha da melhor terapia.
Como é feito o tratamento?
A estratégia depende das características específicas de cada câncer e indivíduo. De maneira geral, a principal intervenção é a cirurgia, na qual se remove todo o tumor e um pouco do tecido sadio das imediações, o que reduz o risco do retorno da doença.
Em alguns sarcomas de partes moles mais agressivos, realiza-se quimioterapia para reduzi-lo antes do procedimento cirúrgico e até depois para prevenir a disseminação a outros órgãos. A radioterapia pode ser utilizada para complementar o tratamento local, após a resseção cirúrgica.
Já nos osteossarcomas, a intervenção se restringe à quimioterapia antes e após o procedimento cirúrgico — esse subtipo não responde bem à radioterapia. O fato é que, mesmo se tudo der certo, os pacientes devem fazer acompanhamento nos anos seguintes.
O tratamento atual dos sarcomas, apesar dos efeitos colaterais, avançou bastante. Há algumas décadas, as amputações dos membros acometidos pela doença chegavam a 60% dos casos. Esse índice caiu para 5% a 10% hoje em dia. Atualmente, isso só acontece quando o membro afetado compromete de alguma forma a qualidade de vida do paciente.
Fonte: https://bit.ly/31zvoJw