Pessoas com o câncer ativo passam a ser consideradas com maior risco de infecção pelo COVID-19. Portanto, a atenção precisa ser redobrada. É preciso diferenciar pessoas que já tiveram o câncer, fizeram o tratamento e estão curadas, daquelas que têm a doença ativa no organismo. Pacientes que estão clinicamente estáveis não têm riscos superiores ao da população geral. O perigo maior é para as pessoas que tem o câncer em atividade, seja no pulmão, no fígado, nos ossos e que, por isso, estão em tratamento. Isso tudo debilita o organismo.
Um estudo publicado pela revista científica The Lancet, a fim de analisar a relação do novo coronavírus com o câncer, avaliou 1.590 casos da doença até o fim de janeiro deste ano. Desses, 18 foram constatados com algum histórico oncológico, sendo em sua maioria, 75%, pacientes em tratamentos de interação curativa.
A predisposição de pessoas em tratamento oncológico à contração do novo coronavírus se dá, principalmente, pelo comprometimento da funcionalidade do sistema imunológico. A quimioterapia ou radioterapia atua diminuindo a função e, muitas vezes, a quantidade das células de defesa no organismo. Células essas que são de extrema importância ao combate de doenças.
Além disso, em alguns casos, o próprio câncer pode debilitar e comprometer o organismo. O câncer hematológico, como leucemia e linfomas, também altera as células. Assim, tanto a doença em si quanto os tratamentos destinados à sua cura podem influenciar negativamente e colocar essas pessoas em risco frente à epidemia.
Cuidados
Devido ao risco, as pessoas em tratamento de câncer precisam ficar ainda mais atentas às medidas protetivas, a fim de evitar a infecção e outras doenças de alto índice de gravidade. Com o retardo do sistema imunológico, é possível que o organismo não combata adequadamente a doença, aumentando o risco de morte. Portanto, o grande cuidado deve ser evitar o contato físico.
Além dos cuidados habituais, como lavar as mãos frequentemente, ingestão de líquidos, uso de álcool em gel e máscaras, evitar aglomerações e lugares fechados, o contato médico-paciente e o atendimento em prontos-socorros devem ser feitos mediante muita atenção pelas pessoas em tratamento oncológico. É importante evitar o pronto atendimentos das instituições, a não ser que o paciente apresente sintomatologia condizente ao COVID-19, como febre alta, tosse seca e falta de ar. Em casos de sintomas leves, é preferível contatar o oncologista que trate daquela pessoa, para se informar sobre a necessidade de um atendimento imediato ou de alguma medida especial.
Fonte: https://bit.ly/3bSqEnV